Juntos por Braga

Comunicado de Imprensa sobre a Adjudicação do BRT

A construção do BRT, uma linha dedicada que ligará o Hospital de Braga, a Universidade do Minho e a estação de comboios, é uma opção clara por um transporte público de maior qualidade, segurança e fiabilidade.

Esta é uma solução que, a par de várias outras, irá oferecer mais conforto e qualidade de vida aos cidadãos de Braga, melhorando a mobilidade na cidade. É uma solução de futuro que não se esgota em si própria, uma vez que permite a evolução do sistema para outros patamares e opções.

Relembro que o BRT foi anunciado em 2023, numa cerimónia presidida pelo então Primeiro-Ministro do Partido Socialista, António Costa. De então até ao presente, todos os partidos com assento na Câmara e na Assembleia Municipal de Braga apoiaram e votaram sempre a seu favor.

Para que não restem dúvidas, trata-se de um financiamento comunitário, na ordem dos 75 milhões de euros, que implica a execução integral do projeto até junho de 2026. Ou seja, estes 75 milhões de euros só virão para Braga se o projeto estiver concluído nesta data. E para que fique muito claro, não é possível, de modo algum, aplica-los numa outra solução. São as regras da União Europeia e do contrato que a Câmara Municipal de Braga assinou com o Governo. Dizer o contrário é, pura e simplesmente, mentir.

Assim e muito estranhamente, a cerca de uma semana das próximas eleições autárquicas, o entretanto candidato do Partido Socialista anuncia que vai interpor uma providência cautelar no sentido de travar a execução do projeto.

Contra a palavra dada pelo seu próprio partido – e de todos os outros, diga-se – o entretanto candidato do PS decidiu agora pôr em risco a solução BRT, de uma forma muito simples: atrasar o processo para que este não obtenha o financiamento previsto.

Para que Braga não receba os 75 milhões de euros já garantidos.

Sem outra perspetiva, sem outra razão, sem outra intenção que não seja o de dar palco a uma candidatura que já nasceu esgotada e que não tem sido outra coisa senão uma reminiscência de um tempo de que os bracarenses não têm saudades.

O tempo dos constantes prejuízos financeiros, das adjudicações irresponsáveis e faraónicas, que ainda hoje estão a ser pagas por todos nós, das piscinas olímpicas pagas e abandonadas, dos campos sintéticos dez vezes mais caros que o suposto, da tentativa de destruição das Sete Fontes e de um sem número de outras barbaridades que tais.

Um tempo que agora parece querer voltar com esta estranha providência cautelar.

Mas a Braga que hoje temos já é outra. Somos a cidade mais jovem do país, somos já o terceiro Concelho mais exportador, somos um território rico, equilibrado e desenvolvido que tem uma grande ambição: ser o melhor Concelho para se viver em Portugal.

Para isso, não podemos aceitar e compactuar com um disparate deste tamanho: um ato de ilusionismo, uma irresponsabilidade de todo o tamanho e a triste sina que alguém que, nunca tendo feito nada, também não quer deixar fazer.